“Minha sala estava lotada”, alega estudante que fez o Enem em Lagoa da Prata

Bárbara Félix
@barbara.fx

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Apesar da pandemia, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não foi suspenso em diversas cidades, incluindo Lagoa da Prata. A primeira prova impressa ocorreu no dia 17 de janeiro e a segunda será neste domingo (24).

Em uma enquete realizada pelo Sou+Lagoa, 16% dos internautas fizeram a prova – entre eles, o lagopratense Augusto Eufrásio, que fez o Enem na Escola Estadual Virgínio Perillo.

O estudante conversou com a redação e contou como foi fazer o Enem neste período de pandemia. “Fui fazer o Enem e me senti bastante ansioso por causa da pandemia, mas me preparei. Levei álcool em gel, uma máscara reserva e os lanches, e não comi por medo de tirar a máscara”, contou Augusto.

O estudante ainda falou sobre a higienização no local onde realizou a prova, se os aplicadores estavam seguindo as orientações preventivas contra a Covid-19 e sobre a lotação na sala de aula.

“Quando coloquei minha garrafinha de água na mesa, percebi que estava empoeirada, então não sei se a sala foi higienizada. Os aplicadores estavam de máscara, porém a minha sala estava lotada e eu fiquei preocupado. As pessoas tiravam as máscaras para comer e não colocavam de volta”, relatou o jovem.

Além da enquete, o Sou+Lagoa também abriu uma Caixa de Perguntas onde mais estudantes falaram sobre suas experiências durante a prova.

A seguidora Alice Aranda @alice.aranda respondeu que “Não havia o distanciamento devido de dois metros. Mas muito álcool em gel e sem máscara quando iam comer”. Para a redação do Sou+, a estudante contou que fez a prova na Escola Estadual Chico Rezende.

“A sala que fiz a prova não estava cheia, mas não cumpriu o distanciamento recomendado. Em relação à utilização da máscara, todos estavam usando e os aplicadores nos orientaram a tirar apenas para comer”, informou.

A Cecília Sobral, @ceci.srs respondeu na Caixa de Perguntas que “todas as mesas estavam muito perto”. A estudante ainda contou que ao chegar na sala, ela achou que as mesas estariam com o distanciamento de 1,5 metro como estava no edital, mas segundo Cecília, “estavam todas a uns 50 centímetros no máximo ou nem isso, fiquei com medo, eu fiz  a prova no Virgínio. A parte do álcool em gel pelo menos foi verdade, tinha o tempo todo e a gente também levou o nosso”, falou.

O estudante Matheus Costa, que realizou a prova na Escola Estadual Monsenhor Alfredo Dohr, contou que o local estava muito organizado e bem tranquilo. “ Foi distribuído álcool em gel na entrada da escola e também na sala para aqueles que não haviam levado. Lá o distanciamento social foi cumprido e na minha sala havia apenas 14 pessoas”, disse Matheus.

Escolas cumprem o que o Inep propõe

O Sou+Lagoa conversou com o diretor da Escola Estadual Virgínio Perillo, Roberto Wagner, para saber sobre a lotação nas salas e a falta do distanciamento que os alunos falaram.

Segundo o diretor, o Inep encaminha todo o mapeamento e “nós só cumprimos o protocolo que eles passam. Não temos autonomia”, disse Roberto.