Professor da Tutores embarca em expedição voluntária na Terra Santa, no Pará

(Foto: Diego Rodrigues/Acervo Pessoal)

Professor da Tutores embarca em expedição voluntária na Terra Santa, no Pará

O professor e dentista, Diego Rodrigues de Sousa, de 33 anos, embarcou em uma expedição voluntária, de barco, entre os dias 21 e 27 de junho, no município de Terra Santa, no Pará – Diego é professor no Centro Educacional Tutores, de Lagoa da Prata.

Em entrevista ao #soumaislagoa, o professor contou sobre o projeto que ocasionou em sua viagem, e falou sobre como tudo começou. Confira!

(Foto: Diego Rodrigues/Acervo Pessoal)

O professor e dentista detalhou como funciona a expedição dos Barcos Hospital Papa São João Paulo II e Hospital Papa Francisco. Conforme Diego, cada expedição visita uma determinada região do estado do Pará no Rio Amazonas fazendo atendimentos médicos e odontológicos nessas missões.

“Elas funcionam da seguinte forma: nós nos voluntariamos para que esses atendimentos ocorram de forma dinâmica dentro do barco Hospital Papa Francisco atendendo as demandas dessas cidades. A expedição entra contato com a Secretaria de Saúde dessas cidades para que ela crie a demanda de atendimentos” e eles possam se organizar para realizar os procedimentos necessários, explicou. 

“Dentre eles, além dos atendimentos odontológicos básicos, estão os atendimentos de cirurgias eletivas, colecistectomia, hérnias e cirurgias pequenas como cistos sebáceos. Existe toda uma equipe médica, são oferecidos atendimentos oftalmológicos, atendimentos de ginecologia obstetrícia. Todo o atendimento que tem num hospital convencional com centro cirúrgico, num posto de saúde, é realizado dentro do barco Hospital Papa Francisco. Para ser mais exato, até hoje já foram realizados mais de 142 mil atendimentos e da nossa 36ª expedição nós conseguimos um total de números absolutos de mais de 5670 atendimentos”, declarou o voluntário. 

Infográfico das Expedições realizadas pelo Barco Hospital Papa Francisco. (Foto: Franciscanos na Providência/Divulgação)

Como tudo começou

Segundo ele, essa foi a 36ª Expedição do barco Papa Francisco e tudo teve início em 2013, quando o pontífice esteve em visita ao Brasil. “Na ocasião, o Papa falou com Frei Francisco, que era coordenador da Associação de Fraternidade São Francisco de Assis da Providência de Deus, uma entidade filantrópica Cristã sem fins lucrativos e dedicada sempre a acolher, cuidar e servir aqueles que mais necessitam”, explicou Diego.

De acordo com o relato do dentista, naquele momento, o Papa perguntou se eles estavam olhando pela Amazônia e Frei Francisco respondeu que não. A partir disso, o Frei Francisco assumiu no município de Óbidos a Santa Casa de Misericórdia a partir de 2014 e desde de 2015 ele assumiu também o Hospital 9 de Abril em Juriti, todos esses dois municípios no Pará. 

“Consequentemente eles fizeram um projeto que foi protocolado junto ao Ministério Público do Trabalho e conseguiram recursos para que o projeto do barco fosse aprovado. Porque até então o MP liberava essas verbas para carretas hospitais, mas na região da Amazônia por não ter rodovias e sim hidrovias a carreta não seria viável”, falou o professor. 

Então, em 2017, nasceu o projeto, juntamente com a indústria naval do Ceará e a Marinha do Brasil, o Barco Hospital Papa Francisco. “No finalzinho de 2018 o barco hospital já estava navegando nas águas Paraenses. Ele saiu do Ceará e foi até Óbidos [2720 km] e a partir daí, ele começou essas missões para atender as populações ribeirinhas do Rio Amazonas. A cada mês ele [o barco] visita um certo município, uma certa região levando atendimento médico e odontológico para aquele local que é menos assistido”, contou Diego.

(Foto: Diego Rodrigues/Acervo Pessoal)

O influência de lecionar dentro do projeto

Por fim, Diego também falou a respeito do apoio que recebeu do professor e CEO da Tutores, Ricardo Costa. 

“Agradeço muito ao apoio que a Tutores e o professor Ricardo me deram para realizar este projeto. Foi de suma importância para o meu conhecimento e para o meu desenvolvimento humano e profissional”, disse. Ele completou declarando que o trabalho como professor o auxilia nas expedições. “Todo nosso atendimento, toda nossa disposição em sala de aula em ensinar os nossos alunos nos dá forças e ainda nos gera muito mais conhecimento. Levando e trazendo experiências oriundas deste projeto, fazem com que a nossa experiência como professor e como ser humano nos torne cada dia melhor”, finalizou.

Abaixo você pode conferir o PDF com todos os atendimentos que o barco possibilitou, além do link para o site que recebe as doações que possibilitam esse projeto: PDF

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Bárbara Félix

https://soumaislagoa.com.br

Editora-chefe no Sou+Lagoa.