Mães atípicas de Lagoa da Prata falam sobre os desafios e superações da maternidade

(Foto: Daisy Silva/Arquivo Pessoal)

Mães atípicas de Lagoa da Prata falam sobre os desafios e superações da maternidade

Que o amor de mãe é incondicional, é fato. Quando uma mãe coloca um filho no mundo, está disposta a fazer de tudo por ele. No entanto, algumas mães travam batalhas ainda mais difíceis: contra os preconceitos, os desafios e os medos.

Para homenageá-las neste Dia das Mães, o Sou+Lagoa conversou com duas mães atípicas de Lagoa da Prata, para entender os seus desafios e superações enquanto mais de crianças especiais.

Daisy Silva é mãe de Mathias, de oito anos, que está no espectro autista. Às outras pessoas, pede apenas respeito pelo filho. 

“Ele é uma criança como qualquer outra, só tem essas limitações. Ele tem seus pensamentos diferentes, seu jeito de agir um pouco diferente, e [queria] que as pessoas respeitassem isso”, disse.

Daisy ainda aponta que, na maternidade atípica, nem tudo é diferente: seu filho também sabe amar, respeitar e ser carinhoso.

“Na mesma hora que você não sabe o que fazer, a pessoa que tá do seu lado te mostra. Essa força motiva a gente sempre a lutar por eles e querer sempre o melhor”, disse.

Sabrina Lara, mãe da pequena Júlia, portadora da síndrome de down com três anos de idade, reforça que vibrar as conquistas dos filhos atípicos e lutar para que elas aconteçam é a principal diferença.

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(Foto: Sabrina Lara/Arquivo Pessoal)

“A diferença é a dedicação. Mães de filhos ditos ‘normais’ apenas esperam o momento deles de andar, falar, ler e escrever, porque vem naturalmente. Já nós, mães de filhos com necessidades especiais, corremos atrás desses momentos desde os primeiros dias de vida deles. São tantas terapias, que a dedicação é absolutamente total, e quando esses momentos chegam nas nossas vidas, é tanta felicidade, tanta emoção, tantas lágrimas de alegria, que aí sim, se vê a diferença de uma mãe com um filho atípico e a mãe de um filho típico”, explicou. Ela ainda reforça: a diferença não é o amor, porque o amor de mãe é “único, sublime e divino”. 

Para as futuras mães atípicas, Daisy diz que não existe gratidão maior do que ver os filhos quebrando barreiras.

“Apesar de toda a dificuldade que vai existir no caminho, pode ter certeza, lá na frente qualquer vitória que o filho delas tiver, é uma vitória nossa”, finalizou.

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Ana Isa