Botos, quiosques, festas e zoológico relembre as atrações que existiam na ‘Praia de Minas’

Na última matéria que homenageia Lagoa da Prata pelos 80 anos, lembramos que nesta quinta-feira (27) também é dia de comemorar bodas de ouro da querida ‘Praia de Minas’.

Sendo o principal cartão postal de nossa cidade, a praia com 600 metros de orla, calçadão, quadras e um gramado com belas árvores é um espaço completo de lazer ao público. Mas há alguns anos, a prainha possuía muitos ‘adornos’ que fazia dela um ponto de ainda mais diversão. Confira algumas das atrações que havia por lá – seria um sonho tudo isso voltar?

Botos

Em 1984, o prefeito da época Pedro Paulo Rezende teve a ideia de trazer um casal de botos para habitar a lagoa, os bichinhos  foram muito bem recebidos, afinal eram brincalhões e amáveis.

Muitos iam a praia para se distrair com os botos, entravam na água e era só assobiar ou fazer barulho com objetos que os bichos apareciam, rodeando as pessoas, brincando.

Porém, com o passar do tempo os animais foram ficando agressivos com os banhistas. Não se sabe ao certo se os botos tiveram tal mudança de comportamento devido a saudade do habitat natural, ou por estarem estressados.

Uma tela de proteção foi colocada mas o comportamento não mudou, então com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), um avião búfalo da Força Aérea Brasileira (FAB), com todo aparato necessário, transferiu os botos.

Zoológico na ilha e pedalinhos

No mesmo ano, uma outra iniciativa do prefeito foi efetuada: a construção de um zoológico. E a escolha do local foi a ilha que existe na Lagoa. O local recebeu o nome de “Tonico Perillo” e foi inaugurado pelo governador de Minas Gerais, que na época era Tancredo Neves.

Biólogos tomaram frente na vinda e instalações dos animais que habitariam o zoo. Animais como catitu, cutia, jabuti, capivara, macaco residiam o local. Aves também, havia ema, seriema, ganso africano e outros. Tudo foi feito dentro dos conformes com apoio de biólogos do Instituto Estadual de Florestas e do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal.

Mas de todos, o animal que mais chamava atenção era o hipopótamo! As pessoas ficavam encantadas com a novidade. Sendo um projeto bem elaborado, os visitantes iam até a beira da lagoa, pagavam uma taxa simbólica e iam de canoa ou pedalinho até a ilha. Tudo com muita segurança.

No entanto, algo intrigante levou ao fim do zoo: a polícia flagrou dois homens armados e prontos para matar o hipopótamo. Na época, os homens alegaram que queriam o bico para se alimentarem (bizarro)!

O pedalinho permaneceu em atividade na praia até poucos anos, mas também teve o uso anulado (que pena)!

 

Quiosques e festas

A praia era palco para as principais festas da cidade, um evento muito conhecido era a festa do havaí, bem temática e a cara de Lagoa da Prata. Além disso,  em menos de uma década, a bela praia era o ponto de encontro de amigos principalmente nos domingos. A moçada se reunia e fazia a festa, iam para curtir, flertar e descontrair. Vai ter quem se lembra dos quiosques onde se encontrava um bom peixe frito ou uma água de coco gelada (que saudade)! No ano passado um edital foi lançado, onde visava a construção de um novo quiosque na praia, mas até então não houve nenhuma obra.

Quem sabe estas atividades não possam voltar, ou parte delas! Ou ainda, quem sabe a praia possa ser reinventada e os governantes tragam novas coisas para o espaço que é tão bonito e admirado em todo o estado! Fica a expectativa da redação do Sou+Lagoa que tanto ama a lagoa das pratas!