Bailarino lagopratense é contratado por companhia de dança do México; conheça sua história

Lembra que, alguns dias atrás, o bailarino João Victor Alves realizou uma vaquinha para conseguir seu visto e passagem para o México? Ele conseguiu! João já está em terras mexicanas, contratado pelo Ballet de Monterrey.

Ao Sou+Lagoa, ele contou sobre como esse contrato surgiu, os processos para conseguir viajar e como está sendo a experiência.

João começou o ballet aos 14 anos de idade no Studio de Dança Juliana Soares, em Lagoa da Prata. Segundo ele, foi onde toda a paixão e os sonhos começaram. Hoje, ele já dança há sete anos.

“A dança sempre fez parte da minha vida, não como hoje, mas em momentos em família, com amigos… sempre tinha a coreografia pronta e a música que todos gostavam!”, contou.

O convite para dançar no Ballet de Monterrey, escola de dança com 30 anos de atividade, surgiu a partir da participação de João em uma produção cinematográfica da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e da produtora TV Zero. No filme, João foi dublê do ator Matheus Abreu, que interpretou o bailarino Thiago Soares, diretor do Ballet de Monterrey e artista de renome no meio da dança. 

“Em meio às filmagens e conversas, tive a oportunidade de conversar com o Thiago pessoalmente, e com todo trabalho sendo feito, o mesmo me convidou para fazer parte da companhia”, relatou o bailarino.

Sobre o processo de visto e de mudança, João conta que a maior dificuldade foi financeira, além da burocracia para as documentações.

“De tudo e todas as emoções, minha maior dificuldade foi conseguir todo o dinheiro para fazer essa mudança na minha vida. Já o visto, pelo simples fato de ser jovem e muita burocracia que todo país tem, quase não tive aprovação pois não me encaixava devidamente nos requisitos do governo mexicano. Foi pedindo documentação dos meus pais, escola, carteira de trabalho… enfim, tive muito medo de não conseguir, mas graças a Deus deu tudo certo e hoje estou aqui”, disse. 

O bailarino já está vivendo permanentemente no México e contou que foi muito bem recebido pelos mexicano – experiência diferente do que teve em outros países, como os Estados Unidos.

“Minha chegada ao México já foi um choque pelo calor (risos), mas nada que o tempo mude. Os mexicanos são pessoas calorosas, receptivas como nós brasileiros e isso é um ponto muito positivo. A culinária é rica em especiarias, temperos e muito forte inclusive na pimenta, mas tudo muito saboroso”, comentou.

“Quero aproveitar e agradecer todas as pessoas que me ajudaram financeiramente, com orações, com energias positivas, meu muito obrigado de verdade a todos que fizeram o meu sonho possível”, finalizou.