Autismo: saiba quais os sinais de alerta para procurar um especialista

Profissionais da saúde alertam que quanto mais cedo a criança for diagnosticada, melhor será para a família lidar com a situação. (Foto: A Gazeta do Acre)

Autismo: saiba quais os sinais de alerta para procurar um especialista

Neste 2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data criada para difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que ainda cercam as pessoas afetadas por esta síndrome neuropsiquiátrica.

Pensando nesta data, a redação entrou em contato com a Associação Autismo e Possibilidades (Asap) de Lagoa da Prata, que há três anos vem fazendo um trabalho incrível com as crianças autistas na cidade.

A direção da associação conversou com o Sou + para falar sobre a causa e o trabalho realizado com as crianças.

“Nosso objetivo é ter futuramente todas as terapias necessárias para ajudar as crianças, já que hoje oferecemos apenas uma, que é a equoterepia, mas queremos que eles possuam o tratamento completo, para que possam progredir com o trabalho adequado”, declarou.

A Asap é a primeira associação da região voltada para crianças com autismo. (Foto: Asap/ Divulgação)

Embora a sede da Asap seja pequena, há profissionais voluntários que fazem um trabalho incrível, uma delas é a psicóloga Maria Bruna Mota, que também conversou com a redação.

“Eu particularmente considero que infelizmente ainda tenha data para conscientizar e lembrar do autismo. Isso mostra o quanto ainda carecemos de investimento em saúde, sobretudo ressaltando o autismo em relação ao preconceito que é muito vigente”, declarou a psicóloga.

Ela ainda ressaltou que a sociedade não está preparada para lidar com diferenças.

“O autismo é transtorno do neurodesenvolvimento, e não é tem apenas um tipo, tem o leve, moderado até o mais grave, e tudo dependendo do desenvolvimento da criança, da conduta dos pais na descoberta” informou.

Maria Bruna ainda falou da dificuldade dos pais em aceitarem.

“É uma mudança radical para a família, mas quanto mais incentivarmos o diagnostico precoce, melhor será o tratamento da criança”, declarou.

A psicóloga ainda recomendou a intervenção a tempo, porque feita no tempo certo, pode até se reverter ou nem se desenvolver, condicionar melhor a vida.

As outras recomendações são:

Muita paciência! As crianças com autismo não gostam de gritos, são sensíveis;

Necessitam de calma, olho no olho, pois evitam contato, e se os pais não reverterem isso, pode causar maior isolamento da criança;

Propor atividades diferenciadas, incentivar a alimentação, mas não pressionar.

 

Cartilha do Ministério da Saúde

A cartilha disponibilizada pelo Ministério da Saúde reúne uma série de pontos que levam os pais a observarem as seguintes características, que podem se apresentar em conjunto ou isoladamente para saber se uma criança pode ser diagnosticada:

− Apresentam isolamento mental. Esse isolamento despreza, exclui e ignora o que vem do mundo externo;

− Possuem uma insistência obsessiva na repetição, com movimentos e barulhos repetitivos e estereotipados;

− Adotam elaborados rituais e rotinas;

− Têm fixações e fascinações altamente direcionadas e intensas;

− Apresentam escassez de expressões faciais e gestos;

− Não olham diretamente para as pessoas;

− Têm uma utilização anormal da linguagem;

− Apresentam boas relações com objetos;

− Apresentam ansiedade excessiva;

− Não adquirem a fala ou perdem a anteriormente adquirida.

Caso alguma dessas características seja identificada pela família, é importante conversar com o pediatra, que fará o encaminhamento a um especialista.

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Redação