Aos 68 anos, corredor de Lagoa da Prata é exemplo de determinação

“Nem tinha tênis, coloquei uma chuteira velha lá da roça e cortei as travas dela”, contou Geraldo Alves de Moura, mais conhecido como Dico Corredor, um atleta lagopratense de 68 anos que é pura inspiração, bom humor e determinação. 

Há pouco mais de 20 anos, Dico começou a correr em Lagoa da Prata. Ele contou que morava na roça, e vinha para a cidade; aqui, ele observava pessoas correndo. 

“Eu nem conhecia [o esporte], mas aí falei: ‘vou correr pra ver no que dá’. E nessa corrida, tô até hoje”, disse ele. Dico ainda falou que no início, corria em um campinho e acabou dando certo. Logo, a chuteira acabou e ele comprou um tênis.

 “Comprei um mais baratinho porque pensei: ‘Se não der certo, eu não tô perdendo nada’. Mas deu certo, e fui comprando tênis melhores e equipamentos”. 

Amor pelo esporte 

Dico guarda com muito carinho e orgulho todos os troféus e medalhas que já ganhou — e mesmo os mais simples que conquistou, têm significado para ele. 

Entre as muitas competições que já participou, ele já esteve cinco vezes na Volta Internacional da Pampulha, em Belo Horizonte e uma vez na Corrida Internacional de São Silvestre, em São Paulo, que foi a mais significativa para ele, e “por aqui, vou para toda ‘banda’”, disse.  

Ao Sou Mais Lagoa, ele falou que pratica a corrida porque gosta muito do esporte. “Treino de duas a três vezes na semana, sempre de manhã. São 5 km, 6 km, 12 km, até 20 km”. 

Dico trabalha como gari, então concilia o emprego com a corrida, e conforme ele, o esporte o ajuda bastante no trabalho. 

“O esporte ajuda muito no dia a dia. A gente levanta com mais disposição. Um conselho para quem tá começando, não tem idade; pode ser jovem, meia-idade ou mais maduro”. 

Por fim, ao ser questionado sobre até quando vai a correr, Dico Corredor declarou que “até morrer. [Paro] só se eu não der conta mais”, finalizou.