Benedito Gomes Rodrigues, o “vampiro”. (Foto: Reprodução da Internet)
Senta que lá vem “causo” ! Vampiro de Monte Santo nasceu e foi criado em Lagoa da Prata
Aqueles que assistiam o “Linha Direta”, programa da Globo que exibia histórias de crimes no Brasil nos quais o(s) autor(es) estavam foragidos, devem se lembrar de uma em especial, que falava sobre um vampiro de verdade. A reportagem sobre o Vampiro de Monte Santo foi narrada por Marcelo Rezende e é de arrepiar.
Mas diferente dos filmes, o “vampiro” não vivia em castelos assombrados ou se escondia dos raios de sol para não ser descoberto. Benedito Gomes Rodrigues nasceu e foi criado pelo pai em uma roça em Lagoa da Prata.
Conforme a reportagem, Benedito perdeu a mãe quando tinha apenas três anos, e como seu pai era alcoólatra, sofreu agressões. Logo aos oito anos de idade, ele começou a ficar doente. O nome da doença: vampirismo, algo raro e que estaria enquadrada entre casos de canibalismo. Aquele que tem a doença do vampirismo, geralmente é homicida e sente um forte desejo de beber sangue.
De acordo com o site “Quanto mais idade! Mais histórias”, ainda na infância, Benedito demostrava fascinação por sangue de animais mortos, porém na época não fez nenhuma vítima. As fatalidades ocorreram mais tarde.
Quando Benedito tinha 19 anos, ele se tornou um andarilho e foi para o Amazonas, onde começou a trabalhar na zona rural e assassinou três pessoas. O “vampiro” não bebeu o sangue das primeira vítimas, mas ao ser preso, relatou o ocorrido de forma fria aos policiais. Porém, Benedito fugiu da prisão e em 1961 fez mais uma vítima, um homem na cidade de Matão em Goiás.
No ano de 1966, ele assassinou sua companheira e de acordo com informações da reportagem, bebeu sangue humano pela primeira vez. Após vagar pelo país, Benedito retornou para Lagoa da Prata em 1967 e mais uma vez cometeu um homicídio. Segundo a reportagem do Linha Direta, a vítima foi uma prima de Benedito, uma menina de apenas nove anos.
Para saber mais, o Sou+Lagoa conversou com Marina Alves, moradora de Lagoa da Prata, que contou à redação que se lembra da história. “Naquele tempo tinha muitos boatos a respeito dessa história, mas me lembro da morte da menina, eu era criança nessa época”, disse Marina.
Ela ainda comentou que em Lagoa da Prata, Benedito ficou conhecido como “Vampiro da Mogiana”, nome da estrada que levava a linha de ferro, pois ele sempre andava pelas linhas do trem.
“A cidade ficou em choque por muito tempo! Como eu era criança, ouvia sempre os adultos comentando e os pais ficavam muito preocupados na época e com medo. Além da menina, no mesmo dia ele matou uma outra pessoa, e muitos dizem que a segunda vítima era uma testemunha”, relatou.
A próxima parada do vampiro foi Monte Santo, também em Minas Gerais, onde Benedito matou duas crianças. Doze dias depois, ele já estava em Aguaí, em São Paulo, e mais uma criança foi morta. Ela foi encontrada com os punhos cortados, por onde o sangue foi sugado.
Horas após o ocorrido, Benedito foi preso e confessou todos os crimes sem apresentar qualquer remorso. Ele foi acusado de matar 17 pessoas em sete estados do Brasil. Mais tarde, ele foi internado no Manicômio Judiciário de Franco da Rocha em São Paulo, mas acabou fugindo em 27 de junho de 1991 e nunca mais ouviu falar do “vampiro”.
Assista a reportagem do Linha Direta: