Além da sala de aula: professoras lagopratenses criam conteúdo na internet para propagar educação

As professoras Sabrina Souza e Ênia Gomes. (Fotos: Arquivo pessoal)

Além da sala de aula: professoras lagopratenses criam conteúdo na internet para propagar educação

Adaptar os formatos de ensino e didática é um processo inevitável e necessário. Com o passar do tempo, os recursos e as necessidades mudaram – passar muitas horas sentado em uma sala de aula não é mais a maneira mais eficaz de aprender. Hoje, é possível ensinar o conteúdo de forma lúdica, com tecnologia e dinâmica. Segundo a BEĨ Educação, as chamadas “metodologias ativas”, consideram o aluno como o centro do processo de aprendizagem; o estudante assume o papel de protagonista na construção do conhecimento.

O Sou+Lagoa conversou com duas profissionais que ilustram muito bem essa inovação; Ênia Gomes, que é professora de Português, e Sabrina Souza, que começou a ensinar Inglês nas redes sociais há mais de um ano e também viu na pandemia uma oportunidade de investir no meio online de ensino.

“Estava trabalhando em uma escola de idiomas e lá meus alunos diziam que eu tinha uma didática e comunicação muito boa, então resolvi ir aos poucos postar nas redes sociais. A pandemia foi um fator motivador porque nessa época todos estavam investindo no mundo online, e eu pensei que poderia atingir mais pessoas e eu decidi ir também”, contou Sabrina.

Confirmando que a absorção de conteúdo pode ser rápida e prática, além de lúdica, Sabrina falou que considera todos os seus seguidores como alunos, e que aqueles que a acompanham em sala de aula, também estão ligados nas redes.

“Todos acompanham e gostam de aparecer também, mesmo alguns sendo tímidos. Eles dizem aprender bastante coisas por meio do perfil nas redes porque é uma forma de aprender fora da sala de aula. E os meus seguidores, que também considero meus alunos pois estão sempre presentes, dizem aprender bastante pois são conteúdos rápidos e objetivos”, explicou.

Sabrina ainda apontou a disciplina para criar conteúdo diariamente como um dos maiores desafios, e reforçou uma das características mais justas e interessantes do conteúdo educativo on-line: possibilitar que mais pessoas tenham acesso ao ensino.

“Atingir novas pessoas, estar presente todos os dias e postar um conteúdo interessante exige bastante disciplina e conhecimento. Porém sou muito grata de ter a oportunidade de espalhar de forma gratuita esse conteúdo na área de idiomas que sabemos que não é tão acessível”, comentou.

Ênia, por sua vez, contou que a pandemia foi como um impulso para colocar em prática projetos que já eram idealizados por ela.

“Antes mesmo da pandemia, eu já tinha um projeto de trazer meu trabalho pro on-line. Com a pandemia, com certeza intensificou. Eu fui meio que pressionada, né? Todos os professores foram, meio que obrigados mesmo a aprender muita coisa que a gente não tinha habilidade. Isso foi muito bom! Eu me descobri também, eu vejo que eu tenho uma certa facilidade em comunicação, mas no início eu achei que eu não fosse conseguir, mas rapidinho eu vi que era mais fácil eu gravar um vídeo, gravar uma aula, do que dar a aula pessoalmente”, disse Ênia.

“Agora, nós retornamos às aulas presenciais, e os meus alunos acompanham, engajam, eles gostam de tudo que eu faço. Eles interagem muito, me dão sugestão, que é muito legal. E de uma certa forma, não tem como não levar esse conteúdo pra sala de aula; tudo que eu falo no meu Instagram e nas outras plataformas é bem próximo do que eu trabalho dentro da sala de aula. Às vezes eles me perguntam algo que às vezes nem é daquela matéria e eu falo ‘gente, eu fiz um reels sobre isso semana passada, olha lá” e eles vão, interagem, comentam, e é muito bonitinho”, comentou.

A professora de Português ainda ressaltou que seu objetivo é facilitar o conhecimento e fazer com que os alunos aprendam o que é necessário.

“Eu tento aproximar a didática da minha sala de aula ao máximo com a didática que eu uso nos meus vídeos. Eu tento facilitar, eu acho que hoje em dia o ser humano está tendo que estudar muito, aprender muito, com um excesso de informação, então eu tenho como objetivo facilitar e às vezes passar pro aluno aquilo que realmente vai ser valioso para ele, e eles percebem isso. Os meus alunos adultos falam que às vezes os macetes, um mapa mental que eu faço, ajuda muito, porque minimiza e eles veem que dessa forma fica mais fácil”, finalizou.

Você conhece alguém que realiza esse trabalho nas redes sociais? Acompanhe Ênia e Sabrina através do Instagram: @eniagomes e @profsabrinasouza_

Ana Isa