(Foto: Banco de Imagens Canva)
Poesia de casa! Jovens poetas de Lagoa da Prata divulgam seus trabalhos nas redes sociais
Os artistas não param de se revelar em Lagoa da Prata! Com vários rostos na cena musical, nas artes plásticas, na dança e muito mais, o povo lagopratense se mostra talentoso e criativo. Na literatura, não é diferente: muitos já tem publicações incríveis e conhecidas. Entre esses talentos, o Sou+Lagoa encontrou três poetas que divulgam o seu trabalho nas redes, cada um a seu modo.
Um deles é o projeto “Palavras da Mente”, realizado por Camila Morais (@_palavrasdamente). Camila tem 21 anos e escreve desde os 11. No Instagram, compartilha os poemas que escreve sobre situações da vida cotidiana, indagações e até mesmo sobre a cidade. Um de seus poemas, intitulado “O trem da minha cidade”, foi publicado na antologia “Lagoa da Prata em Prosa e Verso” da Academia Lagopratense de Letras (Acadelp).
“[Em] 2020, eu fiz o Instagram de poesia, aí eu tinha postado minhas poesias, estava postando, mas eu vi que não estava dando em nada e desisti. Este ano eu falei: ‘é uma coisa que eu gosto, uma coisa que me faz bem’. Sempre que eu tô triste eu escrevo meus sentimentos, quanto eu tô feliz demais eu escrevo…”, contou Camila.
Ela disse também que recebe muito apoio da família, que tenta incentivar a paixão pela poesia e acaba servindo de inspiração para muitos textos. “Os meus incentivos são os meus familiares e meu noivo, porque meu noivo fala: ‘você escreve bem, é uma coisa que você gosta, então continua’. É algo que me faz bem, estar ali com uma caneta e um papel; às vezes, você tá com aquilo guardado e quer falar aquilo, mas você não dá conta de se expressar. Aí você vai lá e escreve aquilo que tá sentindo, e coloca pra fora”.
“Eu escrevo sobre tudo, praticamente. Sobre família, sobre amor, um pouco de cada coisa. Eu tenho poesias pra criança, pra quem tem imaginação alta, eu tenho poesias pra quem tá apaixonado, para quem terminou, para tudo! E vou continuar seguindo, continuar indo pra frente, porque é uma coisa que eu quero”, afirmou.
“A minha vontade mesmo era de fazer um livro”, completou ela, que ainda contou que a obra também seria intitulada “Palavras da Mente”.
“Com as minhas poesias, eu gosto de passar algo para as pessoas. Eu estou escrevendo significados”, finalizou a poetisa.
Pedro Ricardo (@pedror.morais) tem 20 anos e é estudante de Filosofia na PUC Minas. Ele começou a divulgar seus poemas em 2021. Inicialmente, publicava nos stories através do “close friends”, e por incentivo dos amigos, passou a divulgá-los publicamente.
“Minha relação com a poesia tem muito do que, na filosofia, chamamos catarse; isto é, purificação por meio da descarga emocional. Comecei a escrever poemas de modo mais frequente em uma situação de depressão, tema que é recorrente na minha escrita. Por isso, a poesia é, antes de tudo, a confissão crua de sentimento, de pensamento e, em medida, de ação. É a expressão do olhar para o mundo, para o outro e pra mim também”, explicou.
Em relação a suas inspirações, ele afirma que vêm das situações mais cotidianas. “O curioso é que a inspiração não se dá nos grandes momentos, e é por isso que eu penso a poesia muito mais como uma corrente onipresente e, de certo modo, até mística; na qual qualquer um pode entrar e viver o poético. Nesse ponto, o poeta se difere no registro da vivência em poesia, e só. Ver as coisas assim dá cor ao cotidiano, faz com que vejamos significados profundos nas coisas que pouco nos falam, normalmente. É meu meio de viver, mas sobretudo de sobreviver”.
Pedro expôs ainda sua vontade de publicar formalmente seus textos, em formato de livro e inspirado, também, por acontecimentos de sua vida pessoal.
“Para o futuro, publicarei um livro que há de ser anunciado em breve. Nele é presente a temática da saúde mental, característica da minha motivação inicial para escrever, sob o signo das cores: o azul e o amarelo. Dedicado, é claro, à minha irmã”, declarou o poeta.
Yasmin Silva (@yasselva) também publica seus poemas em um blog e na plataforma Medium. Escreve sobre angústias pessoais e situações cotidianas, e já participou de projetos relacionados à poesia em Lagoa da Prata, como o Saralhando.