Fernanda Farnese, pesquisadora lagopratense, recebe prêmio internacional por contribuição na Ciência

(Foto: Fernanda Farnese/Arquivo Pessoal)

Fernanda Farnese, pesquisadora lagopratense, recebe prêmio internacional por contribuição na Ciência

Por João Alvez


A pós-doutora na área de Ciências Agrárias já havia sido agraciada pela Unesco com o prêmio “For Women in Science” (em português, Para Mulheres na Ciência) no ano passado.

A cientista lagopratense Fernanda Farnese, atualmente pesquisadora do Instituto Federal Goiano, recebeu nesta segunda-feira (9), o “Twas-Lacrep Young Scientists Prize”, prêmio atribuído anualmente pela The Word Academy of Sciences (Academia Mundial de Ciências) a jovens cientistas da América Latina e Caribe que se destacam em suas pesquisas.

(Foto: Fernanda Farnese/Arquivo Pessoal)

Em suas redes sociais, a pesquisadora comentou: “Nem todos os dias são fáceis para quem trabalha com a Ciência. Mas hoje é um daqueles dias nos quais tudo vale a pena. Tive a honra de receber o prêmio Twas-Lacrep Young Scientists Prize da Academia Mundial de Ciências, sendo a pesquisadora mais votada na área de Ciências agrárias. Deixo aqui meu agradecimento aos meus professores, ex-orientadores, alunos, colegas de profissão e ao IF Goiano, por tornarem isso possível!”. 

Embora hoje exerça a sua profissão em outro estado, Fernanda é natural de Lagoa da Prata. Em suas próprias palavras, “nascida e criada”. Cursou o ensino fundamental e médio na Escola Estadual Chico Rezende, local onde começou a se interessar por pesquisas. Perguntada pelo Jornal Cidade se algum professor, ou professora, em específico, lhe inspirou a gostar de Ciências, ela responde que foi graças a professora de Biologia Konoe Furuya que ela se interessou por Ciências Biológicas e decidiu seguir carreira na área.

Prêmio “Para Mulheres na Ciência”

Não é a primeira vez que Fernanda é reconhecida por sua contribuição à Ciência. Ano passado, a lagopratense conquistou o  prêmio “Para Mulheres nas Ciências”, da Academia Brasileira de Ciências e da Unesco, dedicado a auxiliar a pesquisa de jovens pesquisadoras brasileiras que se destacam na sua área.

A profissão de cientista é cheia de desafios. Demanda muito tempo de formação, muita dedicação e uma atualização constante. Os atuais cortes no orçamento destinado à Ciência são um obstáculo a mais, que dificultam o avanço científico do Brasil. Nesse cenário, ser reconhecida por seu trabalho e ganhar um prêmio internacional dá um novo fôlego para que a gente continue lutando e se esforçando para fazer pesquisa de qualidade.  – Comentou a pesquisadora sobre o momento pelo qual os cientistas brasileiros passam.

Pesquisas desenvolvidas hoje

Ela conta ao Sou + Lagoa que sua pesquisa, atualmente, se divide em duas áreas: a primeira é realizada com a cultura da soja – um dos pilares da economia brasileira. O seu objetivo é buscar por moléculas e microorganismos que aumentam a tolerância da soja à seca, aumentando a produtividade da cultura.

A segunda linha de pesquisa é voltada a procurar entender como as plantas dos vários biomas brasileiros, especialmente do cerrado, se adaptam ao meio ambiente e como as previsões de mudanças climáticas podem comprometer essas espécies.

Inspiração para as próximas gerações 

O Sou + Lagoa também perguntou se a pesquisadora acredita que a sua respeitável carreira acadêmica, laureada com importantes prêmios, pode despertar em outras pessoas, especialmente em meninas de Lagoa da Prata, o interesse pelas Ciências e por pesquisas acadêmicas.

Em relação a mais meninas de Lagoa se interessarem pela Ciência, eu espero que sim! Nos últimos tempos, principalmente por causa da pandemia, os cientistas começaram a ter mais destaque na mídia e eu acredito que isso tem potencial para fazer com que a nova geração se interesse por essa carreira e auxilie no seu crescimento e fortalecimento. Se eu puder contribuir pelo menos um pouquinho, estimulando que mais meninas de Lagoa busquem seu espaço dentro da Ciência, vou ficar muito feliz! – Respondeu a Fernanda Farnese.

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