Novo loteamento: saiba o que será preservado na nova área urbana construída no “caminho das árvores” de Lagoa da Prata

(Foto: Reprodução da Internet)

Novo loteamento: saiba o que será preservado na nova área urbana construída no “caminho das árvores” de Lagoa da Prata

Na terça-feira (28), o Sou+Lagoa recebeu relatos preocupados de moradores do Bairro Cidade Jardim. Em vídeo gravado por um morador, é possível ver uma retroescavadeira na região conhecida como “caminho das árvores”.

“Como morador, fiquei decepcionado com o ocorrido, e preocupado com os prejuízos urbanos e ambientais que um loteamento na área pode acarretar. A flexibilização das leis ambientais em prol da expansão da malha urbana tem a tendência de continuar, e, mesmo que, de imediato, haja o loteamento de pouca porcentagem do terreno desmatado, no futuro provavelmente haverá mais”, relatou um lagopratense que preferiu não se identificar.

O que aparentava ser uma degradação ambiental foi confirmado como o início da construção de um novo loteamento no local. Apesar do susto e do impacto das imagens, a alteração no ambiente foi autorizada pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Codema).

Segundo a Polícia Ambiental, todo o projeto foi autorizado e aprovado, e toda a documentação necessária já havia sido enviada antes que houvesse qualquer intervenção no local. Ainda segundo a polícia, a área em questão não possuía uma proteção especial.

De acordo com Júnior Nogueira, presidente do Codema, apesar da perda lamentável de algumas árvores, a intervenção é necessária para o desenvolvimento do urbanismo de Lagoa da Prata.

“Com um parecer técnico da Secretaria, com o deferimento ou não deferimento dos processos, a gente submete a votação do plenário do Codema. No caso específico lá da Cidade Jardim, do loteamento Sucupira, a gente sente muita tristeza a necessidade da derrubada de alguns exemplares da sucupira porque são árvores de muitos anos que estão ali, que compõem aquele ecossistema, mas infelizmente essa é uma medida necessária para poder atender às questões urbanísticas”, disse.

Conforme ele, a análise dos processos de loteamento é realizada por empresas credenciadas pela Secretaria de Meio Ambiente. São construtoras ambientais que têm um corpo multidisciplinar para fazer todas as análises que envolvem esses processos.

“O traçado de ruas do município, a gente sempre tenta privilegiar o traçado existente, a Avenida Getúlio Vargas por exemplo, ela se estende até o final daquele loteamento. Então é onde ela delimita a área onde vão ser suprimidas essas árvores que estão sendo cortadas lá. O loteamento tem a licença, passou pelo Conselho de Meio Ambiente, tá dentro da legislação. A gente sente muito que essas árvores tenham que ser extraídas ali, mas é o custo do progresso”, explicou.

No mapa do projeto, há uma área verde que representa as árvores que serão mantidas.

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(Foto: V8 Loteadora)

O Sou+Lagoa também conversou com o Secretário de Meio Ambiente, Anderson Rodrigues Andrade, que falou sobre o caso. 

“O processo em questão seguiu todos os trâmites legais exigidos do empreendedor e, por último, passou pelos conselhos da cidade e Codema (Meio Ambiente), sendo autorizado em ambos os conselhos. A área que será preservada no loteamento foi uma solicitação da proprietária do terreno que, com muita sabedoria e responsabilidade ambiental, decidiu preservar a Mata da Sucupira. Não coincidentemente é o mesmo nome do empreendimento: mais conhecido como “Caminho das Árvores”. As áreas que sofreram intervenção, serão compensadas em outros locais definidos pela Secretaria de Meio Ambiente, em conjunto com o conselho, dentro do perímetro urbano’, finalizou ele. 

Ana Isa