O vídeo da cachoeira foi publicado pelo Jornal Folha de Lagoa no último sábado (28). (Foto: Jornal Folha de Lagoa/ Reprodução da internet)
Morador explica “sumiço” da água na cachoeira de Martins Guimarães
Bárbara Félix
A água da cachoeira em Martins Guimarães sumiu por um período curto no último sábado (28), e o fato deixou as pessoas curiosas após a publicação de um vídeo nas redes sociais.
Nesta segunda-feira (30), o Sou+Lagoa recebeu uma mensagem no Instagram onde um internauta questionou a situação, se teria sido um crime ambiental. Dessa forma a redação procurou o ambientalista Saulo de Castro e secretário de Meio Ambiente Lessandro Gabriel para saber o que ocorreu no distrito de Lagoa da Prata.
Segundo o ambientalista Saulo de Castro, sem uma avaliação mais profunda não dá para afirmar o que aconteceu, mas ele apontou que “pode ter ocorrido de algum sitiante rio acima pode ter barrado o curso d’água para encher um poço, mas como disse não dá para afirmar”, ponderou o ambientalista.
Conforme Lessandro, a situação será avaliada pela Polícia Florestal. O secretário informou que a investigação será para que possa avaliar “se houve algum barramento ou se foi algum tipo de bombeamento dentro do leito do córrego que pode ter ocasionado a secura. Porque não existe isso da água secar de repente por um período, como ocorreu em Martins”, informou.
Porém a redação também falou com um morador de Martins Guimarães, Nelson Júnior, o Juninho, que explicou o que de fato aconteceu para a água ter sumido na cachoeira.
“O ocorrido na cachoeira assustou bastante, mas o que aconteceu foi que uma pessoa que estava em Martins, perdeu um relógio e pediu algumas crianças para procurarem, e o que elas fizeram foi abrir uma comporta lateral da água que vai para a cachoeira, o que ocasionou um desvio e por isso o volume reduzido de água. Agora está tudo normalizado e por um ponto foi bom essa repercussão, para que as pessoas que desviam água da cachoeira ficarem mais atentas. Muitos moradores enchem seus poços com água do córrego mas possuem autorização para isso, porém com o aumento de casas aqui e de pessoas querendo tirar dessa água do leito do córrego, vamos ter que ficar atentos pois vão querer tirar muita água de lá para usar em casa e com isso o fluxo da cachoeira tende a diminuir muito. Então é preciso ficar de olho”, finalizou.
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