(Foto: Banco de Imagens Canva)
Dia do Farmacêutico: Profissionais falam sobre o impacto da pandemia no dia a dia da profissão
O farmacêutico é o profissional da saúde ao qual a população possui mais fácil acesso, se tornando a escolha primária de atendimento. No dia 20 de janeiro, esse profissional é homenageado e, por isso, o Sou + Lagoa entrevistou três farmacêuticas lagopratenses, Fernanda Rezende, Maria Amélia Moura e Luciana Vargas, que falaram sobre os desafios deste nicho da saúde em meio a pandemia.
“Desde o início da pandemia cada dia mais e mais pessoas me procuram para esclarecer dúvidas, pois infelizmente juntamente com a pandemia se instalou um caos gerado por falta de informação e por informações falsas, que de certa forma trouxe a população muitas dúvidas sobre o que fazer ou não diante de sintomas e até mesmo de um resultado positivo”, declarou Fernanda Rezende, proprietária da drogaria Novapharma.
Em farmácias de bairro como a Droga Moura, localizada no Américo Silva sob a direção de Maria Amélia Moura, a profissional se torna referência em cuidado, informação e recomendações.
“A drogaria sempre foi o estabelecimento de saúde mais acessível. Durante a pandemia essa procura por informações aumentou muito. Sinto que as pessoas hoje, se preocupam mais com seu estado de saúde, em virtude disso, foi necessário a busca constante por conhecimento.” afirmou ela, que atua na área há 13 anos.
O Brasil bateu o recorde de testes rápidos de covid-19 realizados em farmácias na segunda semana de janeiro deste ano, segundo dados da Abrafarma. Infelizmente, a taxa de positividade foi igualmente crescente, batendo o recorde de 41,8% de testes positivos. A respeito desse aumento e da exposição dos profissionais a clientes possivelmente infectados, Maria Amélia reforçou: “Profissionais da saúde estão sempre vulneráveis. Faz parte da nossa rotina estar expostos. Mas é nosso trabalho. E as medidas de segurança são indispensáveis”.
A automedicação também aumentou durante a pandemia e teve uma crescente ainda maior em 2021, segundo dados do Datafolha. O principal problema que pode ser causado pela automedicação é a identificação tardia de outras doenças ou até mesmo a interferência no tratamento correto, mascarando os sintomas. Além disso, foi confirmada a automedicação precoce e com medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19, segundo o Datafolha.
“Infelizmente a automedicação é uma prática comum que pode acarretar vários transtornos à saúde, e nós farmacêuticos temos o papel de orientar nossos clientes com o intuito de diminuir o uso desnecessário de medicamentos. E em meio a pandemia da Covid-19 a automedicação em decorrência do pânico, más informações e divulgações equivocadas nas redes sociais de notícias e fake news sobre tratamentos farmacológicos, além dos problemas à s
aúde, favoreceram o desabastecimento das drogarias. Orientamos e conscientizamos também que a compra ou estocagem de medicamentos ainda sem comprovação para prevenção ou tratamento do coronavírus poderiam estar prejudicando outras pessoas com outras doenças e que necessitam desses medicamentos”, comentou Luciana Vargas, gerente na Drogaria Minasprev.
Luciana finalizou lembrando daquilo que, apesar de todas as dificuldades e aflições, devemos estar sempre cientes: “O maior ensinamento da pandemia da Covid-19 é a empatia com o outro e como as ações de cada um pode impactar o bem-estar coletivo e de certa forma, deixando claro também que todo mundo precisa se cuidar, por si e por todos”.
O Sou + Lagoa parabeniza todos os farmacêuticos pelo seu dia e agradece por todo o trabalho exercido.