A data é para lutar, não para “celebrar”. (Foto: Pinterest)
Dia da Mulher: Confira o que os homens não devem fazer
Neste dia Internacional da Mulher, que possamos refletir sobre o universo feminino, não apenas o típico – e não menos importante, como a beleza, cuidados e estilo de vida, mas sobre o momento atual. Que possamos pensar e agir quando o assunto é desrespeito, assédio, desigualdade, feminicídio, entre tantas outras injustiças que as mulheres sofrem.
Hoje, além de todo o caos presente, devemos também nos lembrar das lutas daquelas que nos representaram e revolucionaram no passado, aquelas que todos os dias matam um leão mesmo com os inúmeros problemas pessoais e os encarnados na sociedade, e também buscar inspirar aquelas que são as futuras guerreiras deste mundo. Sejam fortes e corajosas!
Portanto, sabemos que todo 8 de março é a mesma coisa: rosas são distribuídas – se o fizer, não atire os espinhos depois, outra coisa é que não faltam “parabéns” para as mulheres. E na maior parte das vezes, os homens que fazem este tipo de homenagem são muito bem-intencionados, mas acabam irritando algumas mulheres ao redor.
Para evitar este tipo de constrangimento, a redação reuniu cinco coisas que os homens deveriam deixar de fazer neste Dia Internacional da Mulher. Confira:
Não diga: “se tem o dia das mulheres, deveria ter o dia dos homens”
O Dia Internacional da Mulher pode ser muito estressante para a população feminina principalmente por causa das “piadinhas” que os homens costumam fazer. Se você acha que a luta pelos direitos das mulheres é uma besteira, o melhor que você pode fazer para a sociedade — e para si mesmo, caso não queira ouvir poucas e boas — é ficar calado, já que este tipo de brincadeira não é nem um pouco engraçada. Agora, caso esteja aberto para entender melhor sobre o dia 8 de março, pare um tempo para conversar mais com as mulheres com quem você convive.
Não dê “parabéns” para as mulheres
O dia 8 de Março não é um dia para fazer festa. Ele foi instituído oficialmente pela ONU em 1975 como Dia Internacional da Mulher para relembrar a luta das mulheres por direitos iguais. É uma homenagem a uma série de movimentos que aconteceram no século passado e que, inclusive, resultaram na morte de muitas trabalhadoras. Essas mulheres tinham condições precárias de trabalho – chegando a jornadas de 16 horas por dia, 6 dias por semana – e demoraram muito mais do que os homens, por exemplo, para adquirir o direito ao voto. Lembre-se: a desigualdade de gênero existe até hoje e existem muitas questões críticas como diferença salarial, feminicídio e violência contra a mulher.
Não dê flores, chocolates e outros presentes “femininos”
Dar este tipo de “presentinho” para as mulheres com quem você convive pode soar paternalista e, até mesmo, minimizar a data. Caso queira lembrar a ocasião, dê espaço para as mulheres de seu trabalho e convívio social falarem sobre as questões que elas enfrentam diariamente. O melhor presente é empatia e ouvidos abertos para aprender sobre o machismo em todos os dias do ano.
Não agradeça por “embelezarmos os seus dias”
A existência da mulher que trabalha diariamente com você não se resume a deixar o ambiente corporativo mais bonito ou cheiroso. Este tipo de comentário objetifica a mulher, afinal, você a está tratando como um “bibelô”. A sua colega de baia tem as próprias dores, vivências e boletos para pagar – ou seja, ela não vive em sua função. Se for o caso, demonstre o seu apoio pela luta dos direitos das mulheres ou elogie outras características da colega que não tenha a ver com a aparência dela.
Não faça as tarefas domésticas como um “mimo” de Dia das Mulheres
Ter este tipo de proatividade apenas no dia 8 de março demonstra que você considera que as tarefas domésticas são responsabilidade da mulher e que, para agradá-la, você faz o “enorme” favor de lavar a louça ou colocar a roupa na máquina. De acordo com o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as mulheres trabalham 7,5 horas a mais por semana do que os homens por causa da dupla jornada. Ou seja, além de ter que dar duro durante as oito horas de expediente no emprego, a sua companheira ou mãe precisa, ainda, chegar em casa e dar conta das tarefas domésticas.
(Fonte: Universa)