“De leitor para leitor”: Lagopratenses criam projetos no Instagram para incentivar a leitura

(Foto: Banco de Imagens Canva)

“De leitor para leitor”: Lagopratenses criam projetos no Instagram para incentivar a leitura

Ana Isa Moura e Bárbara Félix


Assim como é comemorado o Dia Nacional do Livro em 29 de outubro, nesta sexta-feira, 7 de janeiro, se comemora o Dia do Leitor. A data foi criada em 1928 por Demócrito Rocha, poeta e jornalista, em homenagem à fundação do jornal cearense “O Povo”.

Para não deixar a data passar em branco, o Sou+Lagoa conversou com duas grandes leitoras lagopratenses que falaram um pouco sobre a paixão pela literatura.

(Foto: Marielle Silva/Arquivo pessoal)

Marielle Silva criou seu bookstagram (@mariellesilva.b) durante a pandemia, com o objetivo de incentivar a leitura através de resenhas e indicações. No perfil, ela mostra sua estante pessoal e os livros que adquire. Marielle também é idealizadora do projeto “Imperioteca”, que é uma estante de trocas de livros novos ou em bom estado de conservação por novas leituras.

“A leitura para mim é um estilo de vida. Ela é um refúgio, um hobby incrível e além de ter a capacidade de divertir e relaxar, também tem o potencial de trabalhar e desenvolver o aprendizado.”, afirmou Marielle.

Marielle também falou sobre como motiva aqueles que não possuem hábito de leitura. Segundo ela, o primeiro passo é identificar o gosto literário pessoal, pois, mesmo que não tenha o hábito de ler, ela tende a ter um gênero que seja seu favorito. “Eu costumo dizer que todo mundo é um leitor, alguns apenas ainda não descobriram o seu livro ou gênero favorito. Logo após, devemos ter em mente que a leitura não deve ser tratada como uma obrigação, mas sim como uma atividade que dê prazer. E por fim, é hora de explorar, começar uma leitura no seu próprio ritmo, sem pressa e curtir aquele momento”, declarou.

Ao ser questionada sobre a sensação de compartilhar conteúdos literários com um público tão parecido com ela, afinal Marielle também é leitora, a jovem descreveu o sentimento como “incrível”.

“Não imaginei que eu iria acolher e ser tão bem acolhida nesse universo literário, mas é uma troca de energia muito boa de pessoas que se entendem”, falou.

Já Alanna Ferreira Castro é dona do perfil “Diário de Alanna” (@canal.alanna.escreve) e autora do thriller Mentes Complexas, e segundo ela, o que a motivou a falar de livros nas redes sociais (principalmente a sua obra), foi a necessidade de conversar sobre literatura com mais pessoas, além de sua família e amigos.

(Foto: Alanna Ferreira/Arquivo pessoal)

“A minha galera já estava sem paciência para me ouvir falar sobre livros, porque quando eu começo, eu empolgo e não paro! Mas eu imaginava formas de incentivar o hábito de leitura também, pois quando senti na mente como transformador ele pode ser, desejei que mais pessoas entendessem isso. Ser abraçada por uma boa história é um sentimento que só alguém que abriu um livro e mergulhou em suas páginas pode experimentar. Além de tentar incentivar e trazer pessoas para o universo literário, queria conhecer mais leitores que compartilhassem ideias criativas sobre isso também”, disse Alanna.

Leitura em Lagoa da Prata

A leitora e escritora Alanna ainda falou a respeito do incentivo à leitura na cidade. A jovem mencionou o projeto “Imperioteca”, criado por Marielle, sendo um presente para Lagoa da Prata.

“Sabe aquele livro que está parado na estante e que você não vai lê-lo tão cedo? O leitor pode trocá-lo na Imperioteca por uma nova aventura literária! Criada pela Marielle, a Imperioteca é uma iniciativa cultural muito bonita em nossa cidade. Falo também do Eco Cult Café e Bistrô que tem um espaço onde o leitor pode trocar livros que tem em casa pelos variados temas disponíveis lá. Lembrando que a Academia Lagopratense de Letras (Acadelp) realiza a Festa Literária de Lagoa da Prata (Flilp), com convidados especiais e homenagens — em 2018 fui convidada a apresentar e falar sobre Mentes Complexas na Tenda Encontro com Escritores. Então, sim, existe o incentivo literário na nossa cidade, mas poderia ter muito mais, como programas de apoio para escritores iniciantes, mais incentivo nas escolas e concursos literários com prêmios sendo a publicação de obras inéditas de novos autores. Seria maravilhoso”, finalizou.


 

Bárbara Félix

http://soumaislagoa.com.br

Editora-chefe no Sou+Lagoa.