Centro-Oeste de MG receberá obras de revitalização do Rio São Francisco
Mais de cinco cidades do Centro-Oeste mineiro receberão obras de Revitalização das sub-bacias do Rio São Francisco, rio que passa também por Lagoa da Prata. O cronograma será executado em 70 municípios e, dentre eles estão Pitangui, São Francisco de Paula, Formiga, Pains e Nova Serrana, onde estão localizados importantes afluentes do rio.
De acordo com o superintendente da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Rodrigo Carvalho Fernandes, as obras serão concentradas em cinco etapas, sendo: proteção de nascentes, construção de barriguinhas, terraços e adequação ambiental de estradas rurais. Rodrigo ressalta que as obras não ocorrerão nos cursos do rio e sim nos afluentes que exercem fundametal importância para o volume de água do “Velho Chico”.
“Sabemos que fala-se muito em transposição, mas a revitalização tem que ser feita e pincipalmente em Minas. Não tem quem não se identifique com este rio. Ele está presente em mais de 500 municípios. Entretanto, para Minas Gerais ele tem uma importância ainda maior, pois 70% da quantidade de água do Velho Chico está no estado. É primordial a preservação pensando também na transposição”, enfatizou.
As obras foram contabilizadas em R$ 13,5 milhões e contempla a terceira fase de execução do programa de revitalização que abrange várias partes do país. “Além de conservar os recursos hídricos, o velho chico exerce fundamental importância na agricultura irrigada, principalmente na produção de frutas, e aí vem consequentemente a geração de emprego e renda. A parte ambiental é o que mais salta aos olhos, mas a parte social e econômica também deve ser levada em conta”, disse Rodrigo.
A formalização do convênio de revitalização da área da bacia foi feita em 2008 e tem investimento total previsto de R$ 50 milhões. Segundo o assessor técnico da Secretaria de Agricultura, Roberth Rodrigues, ao longo destes nove anos as ações chegaram a 144 municípios, incluindo as cidades que serão beneficiadas em 2017.
Nesta terceira etapa estão previstas a proteção de 479 nascentes e de 217 km de áreas de matas ciliares e de topo de morro; a construção de 22.362 bacias de captação de água da chuva, conhecidas como barraginhas e de 1.268 km de terraços em curva de nível e a adequação ambiental de 137 km de estradas vicinais.
“Estas intervenções promovem a infiltração de água no solo com a consequente melhora na qualidade e quantidade da água nas sub-bacias, contribuindo para a manutenção da vazão nos córregos e rios, além de garantir o abastecimento humano, a oferta de água para os animais e a manutenção de pequenas culturas durante quase todo o ano”, afirmou o assessor técnico da Seapa.
Fonte: G1