O nível de incidência no município encontra-se muito alto. (Foto: GaúchaZH)
Casos suspeitos de dengue chegam a 405 em Lagoa da Prata
Os números de casos suspeitos de dengue em Lagoa da Prata tiveram um aumento drástico na última semana, passando de 272 para 405 casos notificados até a manhã desta terça-feira (26).
A cidade, que tem 51.204 habitantes, segundo o censo do IBGE de 2017, teve a incidência calculada em 587,121.
Para esclarecer a situação, a redação procurou o Setor de Vigilância em Saúde e conversou com a coordenadora Janeany Cristina de Castro Almeida.
Conforme ela, na semana epidemiológica realizada entre o dia 10 e 16 de fevereiro, foram 41 notificações. Vale ressaltar que nas semanas anteriores, sendo de 20 a 26 de janeiro foram 36 notificações, 82 notificações do dia 27 janeiro a 2 de fevereiro e 80 notificações de 3 á 9 de fevereiro. Deste modo, o nível de incidência no município encontra-se muito alto.
“Diante deste aumento, temos trabalhado na prevenção, fazendo vistorias diárias nos locais mais afetados”, conta a coordenadora.
Ainda segundo Janeany, todos os setores municipais estão trabalhando juntos no combate ao Aedes.
“O setor de transporte está cuidando da limpeza, o setor de comunicação fazem toda a divulgação de conscientização através de redes sociais, panfletagem, carro de som, e muito mais. A Prefeitura toda está trabalhando em união”, informa.
De acordo com a coordenadora, o fumacê está sendo bastante cobrado pela população, e que a solicitação para ter o carro na cidade já foi feita.
“Mesmo sabendo que não é tão eficaz, solicitei o mesmo. Pedi também um fumacê específico direcionado para o chikungunya, pois tivemos dois casos na cidade. Ainda não tivemos resposta se será disponibilizado para nós, mas estamos aguardando”, explica Janeany.
Ela ressalta que no LIRAa realizado em de janeiro, os focos foram encontrados dentro de casas com moradores, e não em lotes ou casas abandonadas. Os principais lugares onde localizaram os focos foram em caixa de água de passagem, ralinho, bebedouro de animais, depósito físico de geladeira, brinquedos espalhados no quintal, pneus, entre outros.
“O alerta é que a população cuide de suas casas, que os trabalhadores cuidem de seus locais de trabalho, porque no Centro de Lagoa muitos focos foram encontrados nos comércios”, diz a coordenadora.
Ela ainda ressalta que o combate eficaz é a parceria da população com a prefeitura, com os agentes de endemias. Janeany pede que a população os recebam bem nas residências, que sigam as orientações passadas pelos agentes.
“Os agentes são capacitados e profissionais, por isso é bom que peguem as orientações que eles passarem”, ressalta.
Para intensificar o combate ao mosquito um processo seletivo para a contratação de novos agentes de combate a endemias para a composição do quadro de funcionários do município já está previsto.