Ambientalista explica a presença da sucuri vista nas margens do Rio São Francisco, em Lagoa da Prata

(Foto: Saulo de Castro)

Ambientalista explica a presença da sucuri vista nas margens do Rio São Francisco, em Lagoa da Prata

Nas últimas semanas, circulou um vídeo que mostrava a aparição de uma sucuri nos arredores do Rio São Francisco em Lagoa da Prata. O animal, que se encontra em seu ambiente natural, já foi visto anteriormente em 2019. 

O Sou+Lagoa conversou com o ambientalista Saulo de Castro, que vem monitorando o animal desde sua primeira aparição.

“No momento em que tomei conhecimento dela na região das Tabocas, área próxima ao Rio São Francisco, me desloquei até o local com outras pessoas e conseguimos filmá-la para que ficasse bem documentado. Com certeza, trata-se do mesmo animal, pois ela possui uma característica única que eu já havia observado em 2019 que é a cauda amputada. Ela é cotoca”, relatou. 

Apesar de estar em seu ambiente natural, Saulo apontou perigos que podem ser causados pela localização em que a cobra se encontra.

“O ponto onde ela escolheu ficar, e parece que de forma permanente, já que se trata do mesmo lugar onde foi vista três anos atrás, me parece muito vulnerável tanto para o animal quanto para pessoas que, por ventura, passarem pelo local sem saber de sua presença”, explicou o ambientalista.

É importante salientar que, ao se deparar com animais silvestres, deve-se manter distância e informar as autoridades responsáveis. Não há registros de ataques, mas qualquer animal sob ameaça pode colocar vidas humanas em risco.

“Não que seja um animal perigoso com histórico de ataques, mas é um animal silvestre, e como regra, animais selvagens tendem a se defender quando se sentem acuados. Estamos preocupados sim, pois alguém sem muita noção pode querer fazer algum mal para ela”, comentou.

Saulo ainda contou que existem registros da presença de outras sucuris tanto no perímetro urbano quanto na zona rural de Lagoa da Prata. Na região, diversas espécies de mamíferos, répteis, aves e até plantas podem ser observadas, graças à biodiversidade proporcionada pela passagem do “Velho Chico” nas redondezas.

“Temos um potencial enorme para desenvolver o ecoturismo e turismo de observação em nossa cidade. Milhares de pessoas pelo mundo pagariam muito dinheiro para ter o privilégio de ver uma sucuri desse porte em seu ambiente natural. Tudo o que precisamos para desenvolver e implantar o ecoturismo em nossa cidade, e já estamos trabalhando nisso, é políticas públicas aliadas à iniciativa privada voltadas para esse fim”, finalizou Saulo.

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Ana Isa