Bombeiros de MG ajudam vítimas do Ciclone Idai em Moçambique

Vinte militares que participaram das buscas em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão em missão humanitária no local.(Foto: Corpo de Bombeiros de Minas Gerais/Divulgação)

Bombeiros de MG ajudam vítimas do Ciclone Idai em Moçambique

Após realizarem um trabalho incrível em Brumadinho, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais embarcaram para Moçambique na África que sofre depois do Ciclone Idai que teve ventos com mais de 170km/h e deixou um rastro de destruição pelo país.

Nas redes sociais da corporação estão sendo compartilhadas imagens que mostram o apoio dos profissionais mineiros prestado às vítimas. Nesta sexta-feira (5), completam cinco dias da Operação Moçambique dos militares mineiros no país africano.

A passagem do ciclone fez com que a população local tivesse um surto de cólera e diarreias, além de malária. O calor acima de 38ºC é outro fator dificultador na realização dos serviços, mas nada que impeça o trabalho dos bombeiros.

Os bombeiros de Minas estão montando tendas e abrindo estradas para ajudar a população a ultrapassa esse momento de dor. (Foto: Corpo de Bombeiros de Minas Gerais/Divulgação)

De acordo com o capitão Kléber Castro, que está no local, uma barra de proteína e água pura são um alento para os afetados pelo desastre. Além disso, na chamada fase de impacto secundário, a construção de barracas e a orientação de como utilizá-las, considerando cuidados como espaçamento entre elas, uso correto do fogo, instalação de latrinas são de extrema importância para essas pessoas que se encontram desamparadas.

“Tentamos fazer o máximo possível pelo maior número de pessoas”, diz.

Conforme informações da CBMMG,  a abertura feitas de vias possibilitará pelos bombeiros que pessoas doentes saiam dos municípios devastados para se dirigirem às cidades polo, como é o caso de Beira, para que tenham um atendimento médico adequado. Segundo relatos dos militares, uma mulher grávida, em sua rota para Beira, foi obrigada atravessar um rio caminhando e, ainda, dependeu do apoio de outras pessoas que a ajudaram a atravessar a sua motocicleta sobre o rio, elevando-a sobre a superfície d’água. Essa situação acontece pelo fato de não existirem mais pontes que permitam um fluxo normal.

A previsão das atividades para esta sexta-feira (5) é a montagem de tendas, além da desobstrução de vias e transporte de mantimentos. São tarefas cruciais na promoção das ações de Defesa Civil, em cumprimento à lei nacional 12.608/12, reforçando o compromisso do CBMMG em diminuir o sofrimento das pessoas.

Balanço dos estragos

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) de Moçambique comunicou nesta quinta-feira (4) que o número de mortos em razão da tempestade tropical é, até o momento, de 598. O total de feridos é de 1.641.

A quantidade de pessoas afetadas chegou a 1,416 milhão, o que corresponde a 283 mil famílias. As pessoas nessas condições são as que perderam as casas, precisam de alimentos ou de algum tipo de assistência.

Segundo o INGC, mais de 129 mil pessoas estão acomodadas em 129 centros de abrigo. O número de casas totalmente destruídas é de 97 mil, enquanto 103 mil foram parcialmente destruídas e 15.784 inundadas.

Redação