Chuva de novembro gera resultados positivos ao Rio São Francisco

A chuvarada sobre Minas Gerais está fazendo um diferencial tremendo nas nascentes, lagoas, e rios, como o Rio São Francisco, que passa por várias cidades do país, incluindo Lagoa da Prata. Os resultados desses últimos dias chuvosos foram excelentes ao Velho Chico.

Os níveis dos principais reservatórios instalados na bacia do Rio São Francisco após a chuva dos últimos dias apresentou resultados bastante satisfatórios, a ponto de garantirem tranquilidade para o ano de 2019. A informação foi passada na manhã de segunda-feira (19), durante reunião promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília.

De acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco (CBHSF), devido às chuvas registradas nos dias, o reservatório de Três Marias, localizado em Minas, apresenta 90% de armazenamento de seu volume útil, conforme informações passadas pela equipe do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No ano passado, nesse mesmo período, o armazenamento estava em 32%.

A chuva foi forte, volumosa e generalizada para a maioria das áreas do sudeste, e aqui centro-oeste mineiro, propriamente em Lagoa da Prata, a chuvinha até tinha dado uma trégua no fim de semana, logo após uma chuva forte na sexta-feira (16), porém voltou com tudo no início da semana, pegando todo mundo de surpresa, e não houve trégua, o céu continua cinzento e o tempinho permanece chuvoso nesta quarta-feira (21).

Assim, a redação do Sou + Lagoa conversou com o engenheiro ambiental e engenheiro de segurança do trabalho, Walber Carvalho, que esclareceu e falou sobre os benéficos  que a chuva trouxe ao Velho Chico e nos demais rios que banham a princesa do oeste.

Segundo ele, a chuva é fundamental para o meio ambiente, e além de ser algo indispensável para a agricultura, agropecuária e indústria, a chuva também tem como função promover a limpeza do ar.
“Sabemos que o país está passando por uma grave crise hídrica, assim sendo, a chuva é vital para nós seres humanos, uma vez que temos a necessidade da água para o banho, alimentação, higiene pessoal e do lar. Também podemos citar que a água da chuva rega as plantações e ao penetrar no solo, escorre até as nascentes, rios e lagos, além de controlar a umidade do ar”, explicou Walber.

Carvalho ainda ressaltou que a água da chuva deve ser tratada pelo homem como algo valioso, afinal, é uma fonte de água doce valiosa, e os seres humanos deveriam se atentar mais para isso, utilizando recursos de capitação para o reaproveitamento que, sem dúvidas, é uma grande arma contra o desperdício.
O engenheiro ainda ressaltou que não somente para o Velho Chico, mas para todos os rios, nascentes e lagos que banham Lagoa da Prata, a chuva tem um papel fundamental, que é o de manter a vivacidade dos mesmos.

“É a chuva que enche e mantém os rios, que formam novas nascentes e recupera as que estavam prestes a secar; abastece as reservas, entre outros. Desta forma, faz-se um ciclo, onde as pessoas passam, por exemplo, a ter oportunidade de fonte de alimento, ou até mesmo de renda, como é o caso dos peixes”, finalizou Walber.

Vale ressaltar que em Lagoa da Parta a população ainda não passou pelos racionamentos causados pela falta de chuva, mas em outras cidades, a situação é outra; o problema agrava-se quando não há chuva. Afinal, além de aumentar o volume de águas nos rios, a chuvinha que é tão boa, gera energia onde há as usinas hidrelétricas; nestes lugares, a falta de chuva acarreta graves racionamentos.