Fundação São Carlos alerta que medicamentos para intubação podem acabar em 3 dias

(Foto: Jornal Cidade/Rafael Robatine)

Fundação São Carlos alerta que medicamentos para intubação podem acabar em 3 dias

Com a taxa de ocupação de 120% na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital São Carlos em Lagoa da Prata, conforme o último boletim epidemiológico, há também o aumento drástico de consumo de medicamentos que são vitais para dar assistência aos pacientes internados com coronavírus.

Em ofício encaminhado para a Promotoria da Saúde e também para a Secretaria Municipal de Saúde e Gerência Regional de Saúde de Divinópolis no último sábado (20), a Fundação São Carlos alertou que, possuía um estoque de 240 ampolas de cisatracúrio, o qual o consumo médio é de 90 ampolas, e 210 ampolas de rocurônio, sendo que na média, tinha o estoque para aproximadamente três dias.

O cisatracúrio e o rocurônio são bloqueadores neuromusculares que são utilizados para intubar pacientes com coronavírus. 

A fundação ainda destacou que realizou a compra de 200 ampolas de cisatracúrio, e que inclusive fez o pagamento antecipado para que a entrega fosse mais rápida, assim a entrega estava agendada para esta segunda-feira (22). Porém na manhã de sábado, a instituição recebeu a notícia de que o Ministério da Saúde bloqueou os lotes destes medicamentos para que a distribuição destes fosse administrada pelo próprio órgão. 

Deste modo, a Fundação São Carlos buscou outros fornecedores para compra destes medicamentos, mas não teve sucesso. Em contato com os outros hospitais da região, a instituição foi informada de que estão na mesma situação e não conseguem realizar a compra dos medicamentos em nenhum fornecedor, devido a escassez destes no mercado. 

O que diz o município

Em resposta a nota do Hospital São Carlos, a Secretaria Municipal de Saúde disse que já tomou conhecimento e que também já entrou em contato solicitando auxílio ao Ministério Público.

“É necessário salientar que, como informado em nota, o bloqueio dos medicamentos foi uma decisão do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, que exige que a distribuição dos medicamentos seja realizada pelo próprio órgão”, ressaltou a Secretaria. 

Gerência Regional de Saúde

A redação do Sou+Lagoa entrou em contato com a Gerência Regional de Saúde de Divinópolis, porém, até o fechamento da reportagem não obteve resposta.

Bárbara Félix

http://soumaislagoa.com.br

Editora-chefe no Sou+Lagoa.