(Foto: Deinner Mamede/Arquivo pessoal)
Fachada da sede do Rotary Club de Lagoa da Prata é vandalizada
Entre os meses de fevereiro e março, a sede do Rotary Club de Lagoa da Prata – Princesa do Oeste foi vandalizada. Nas redes sociais, membros do Rotary publicaram um vídeo que mostra as pichações na fachada do prédio. Clique aqui e assista o vídeo.
Conforme o pronunciamento do presidente do Rotary de Lagoa da Prata, Marcos Paulo, foi o segundo ato de vandalismo neste ano de 2021 na sede.
“Houveram duas pichações nas paredes da Sede do Rotary Club de Lagoa da Prata Princesa do Oeste. O Rotary é um clube de serviços que ajuda a população de Lagoa da Prata através de projetos humanitários de cunho social. A sede do Rotary é a imagem da nossa cidade perante o Rotary Internacional e com ela sofrendo atos de vandalismos, mancha a imagem de seriedade da instituição”, disse o Marcos Paulo.
Ele ainda falou que o Rotary batalha para que o bem seja feito sem ver a quem, e os rotarianos que geralmente custeiam reformas e manutenções da sede do Rotary em Lagoa da Prata. “Precisamos conscientizar a população para que estes atos não se repitam e até mesmo incentivar a fazer trabalhos junto a comunidade para auxílio neste tempo de pandemia”, declarou.
A redação do Sou+Lagoa conversou com Deinner Mamede, membro do Rotary que compartilhou o vídeo mostrando o vandalismo na sede nas redes sociais e segundo ele, várias pessoas se ofereceram para ajudar e patrocinar a pintura na fachada, mas segundo ele, estão com o intuito de deixar o prédio um pouco diferente, e assim, vão se reunir com o grafiteiro Silas Cândido na tarde desta quarta-feira (10). “Faremos uma reunião online com Silas pois queremos fazer um grafite na fachada. Vamos tentar e tomara que dê certo, acho que vai ficar bem bacana! Mas se não conseguirmos, pintaremos por esses dias agora”, falou Deinner.
Pichação versus vandalismo
Para um artista e grafiteiro de Lagoa da Prata, que não quis ter o nome revelado, a pichação teve início no Brasil nos meados da década de 70, com o final da ditadura, uma forma de protesto contra o governo. “Logo a pichação evoluiu e a galera da periferia tinha um retorno de conhecimento, uma forma que a galera achou para ter voz. Porém, aquilo [na sede do Rotary] não é pichação, e sim um ato de revolta, e talvez até de indignação por algum motivo. É importante entendermos também que, às vezes, essa pessoa quis se expressar, mas não tem uma base cultural para fazer isso de forma correta” , finalizou.