Foto: Aparecida Cristina Morais/Arquivo pessoal
“Com a cadeira de rodas, quero me sentir como uma borboleta e poder voar”
Reportagem: Bárbara Félix
“Ter essa cadeira será um meio mais fácil para poder me locomover, poder trabalhar vendendo meu artesanato e minhas trufas, para ter uma vida melhor. Com ela, quero me sentir como uma borboleta e poder voar”, relatou a vendedora ambulante Aparecida Cristina Morais, que comercializava artesanato e doces em Lagoa da Prata.
Nascida em Juiz de Fora, Aparecida, ou Cidinha como é chamada na cidade, possui uma deficiência que a impede de andar, esta causada pela poliomielite. Segundo Cidinha à redação do Sou+Lagoa, tomou a vacina tarde quando era criança, consequentemente esse fator gerou a paralisia infantil. “Uma perna ficou atrofiada e a outra perdeu coordenação motora. Então fui abandonada com aos seis anos e morei em um orfanato para pessoas com deficiência, cheguei a morar na rua e em casas de outras pessoas, como um favor”, completou.
Apesar da vida dura, a vendedora ambulante não deixa que nada a impeça ou desanime no trajeto, mesmo que seja árduo. Cidinha ainda relatou à redação que por falta de recursos, ficou sem energia na casa em que mora com os filhos na cidade de Bom Despacho, assim, apostou as fichas em vender os panos de prato artesanais e também trufas de chocolate pelas ruas de Lagoa.
No município, a vendedora recebeu o amparo da direção do Hotel Alvorada. Conforme Cidinha lhe foi cedido um quarto, o almoço e jantar também, porém o restaurante foi terceirizado e ela passou a custear as próprias refeições. “Sempre tem alguém disposto para ajudar e nessa fase difícil conheci a Ana Paula, dona do hotel que me ofereceu um quarto e me dava comida, só que ela terceirizou o restaurante e eu pagava, mas com essa pandemia, foi ficando mais apertado e tive que parar, pois não estou vendendo nada”, contou Aparecida.
Ela ainda ressaltou que sempre luta e trabalha para conseguir tudo o que quer, no entanto, há situações que a tira do eixo. Agora a vendedora retornou para casa em Bom Despacho, pois de acordo com ela, muitos hospedes estavam chegando no hotel, o que lhe causou um pouco de receio por causa do novo coronavírus.
Uma nova cadeira de rodas para Cidinha
A atual cadeira de rodas de Cidinha pesa muitos quilos, o que vem promovendo desgaste nos braços dela, já que Cidinha anda na cidade toda. E como a cadeira é como se fosse suas pernas, precisa estar em bom estado para não prejudicar os outros membros do corpo.
Assim, para arrecadar doações para que Cidinha possa ter a nova cadeira que tanto almeja e que irá ajuda-la a se locomover, uma vaquinha online foi criada.
As contribuições podem ser feitas através do link: http://vaka.me/1072654