Educação que dá asas! Professor de Lagoa da Prata participa de congresso na Espanha

Reportagem: Bárbara Félix

A Educação proporciona muitas coisas ao indivíduo, como aprender um pouco mais a cada dia, passar os aprendizados ao próximo, e também leva a caminhos inusitados, oferecendo oportunidades únicas, como foi o caso do professor lagopratense Di-Gianne Nunes, que através de um convite foi parar na Espanha no fim de outubro.

O docente foi palestrar na Universidade Europeia de Madrid, nos dias 29 e 30 de outubro, onde falou em um congresso sobre a Educação Transformadora, onde experiências baseadas em dados científicos, pesquisas e experiências exitosas foram debatidos entre os convidados.

Segundo Di-Gianne, a oportunidade para estar na Espanha veio nas asas da conquista de 2017, quando ganhou o maior prêmio da educação no Brasil, o Educador Nota 10, que lhe proporcionou muitas coisas anteriores, como palestrar também na Itália e conhecer as ruínas no Egito.

O professor também falou que foi uma experiência única e interessante. Ele até visitou a atleta lagopratense, Núbia Soares, que atualmente mora em Madrid. De acordo com Di-Gianne, ela o recebeu muito bem e com muito carinho no centro de treinamento.

Mas Di-Gianne destacou que o mais interessante, foi perceber que os problemas em relação a educação na Espanha são abraçados, estes problemas que segundo ele, se não houver um cuidado, também será nosso, como por exemplo, atentados terroristas.

“Contudo, foi uma grande troca de bagagem este congresso, estava eu, pessoas da Inglaterra, Portugal, mas a maioria eram espanhóis. O publico alvo era os estudantes dos cursos de direito, cursos de ciências sociais e criminologia, um curso que  tem lá , como auxiliar do direito penal”, contou o professor sobre a sua experiência na Espanha e sobre o congresso.

De forma descontraída, o docente ao ser questionado se havia falado em inglês ou espanhol durante a palestra, contou que deu um jeitinho, o famoso ‘portunhol’.

“Eu não falo inglês fluente e espanhol, um pouco, porque fiz um cursinho uma vez em Formiga. Lá no congresso falei em espanhol, porque me preparei para tal. Até tinha uma menina lá, jornalista do parlamento português, ela mesmo assumiu que falou em ‘portunhol’, então acho que eles me entenderam, porque no fim fui aplaudido. Mas brincadeiras a parte, não fui só eu que falei durante o evento, participei de uma bancada, onde cada um tinha uma tese, experiência, dados para passar. Houve um momento de perguntas e respostas onde participei também e a língua não foi um empecilho”, destacou Di-Gianne.

A boa Educação que dá asas

Professor de História há 12 anos, Di-Gianne Nunes afirmou que a experiência de ir para mais longe para passar e agregar conhecimento foi algo muito satisfatório e que nada disso seria possível sem a confiança de seus alunos.

“Tenho notado que tanto no Brasil e vários lugares, a educação tem mudado, com aulas mais para a vida, para o dia a dia, porque é isso que o aluno precisa mesmo. Aquele conteúdo que irá servir para ele na pratica, como cidadão detentor de diretos, como pessoa para entender o mundo ao seu redor, afinal são muitas as mudanças que tem acontecido no mundo, e algo assim é muito satisfatório. Agora acho bacana isso da educação levar tão longe, e sempre agradeço meus alunos por isso, afinal é graças a eles, por acreditarem sempre, e realizarem os projetos comigo. Ou seja, agradeço esta via de mão dupla entre eu e meus alunos, porque se não fosse eles, não teria conseguido expor as conquistas lá fora, estas trocas de bagagem”, disse o professor.

Oportunidade

Por fim, uma novidade exclusiva foi contatada à redação do Sou Mais Lagoa, e é algo gigante!

Com todas estas oportunidades, mais uma para a bagagem do professor de Lagoa da Prata. Exclusivamente, Di-Gianne contou à redação que devido ao Prêmio Educador Nota 10, que veio através de seu projeto no programa Educação de Jovens e Adultos (EJA) com detentos da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) e os projetos desenvolvidos posteriormente, um convite inusitado surgiu.

“Para você ter uma ideia, o pessoal da nova minissérie da Globo, a Segunda Chamada, nos convidaram para dar opinião a respeito da vivencia em sala de aula, para poderem transformar isso em roteiro. O Edu Carvalho, pesquisador de campo da Fundação Roberto Marinho e Gio Morais uma das roteiristas da minissérie, entraram em contato com 11 professores e criaram um grupo de WhatsApp para trocarmos ideias a respeito dessas experiências educacionais, para assim, abastecer a série com fatos mais próximos da realidade”, finalizou o professor.