Vamos conversar… | Rivalidade feminina: Você está fazendo isso errado!

Vamos conversar… | Rivalidade feminina: Você está fazendo isso errado!

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Formada em Jornalismo pela PUC Minas, resolveu ser servidora pública, mas sempre dá um jeitinho de escrever. Gosta de ler sobre tudo e falar sobre coisas do dia-a-dia. Cantora de chuveiro, cruzeirense, devoradora de séries, capricorniana (mas não acredita nessa parada de astrologia) e viciada em café. Adora cinema, música e filosofia. Mesmo já sendo bem grandinha, adora super-heróis. É mãe do Miguel, o menino mais lindo e encantador do mundo.

Elas são falsas, invejosas, mentirosas e recalcadas. Falam pelas costas, praguejam e querem tomar nossos homens. Criticam-nos; mas, no fundo, nos admiram, nos acham divas, maravilhosas e se moem porque sabem que nunca chegarão aos nossos pés. Quem são elas??? Você, leitora, já matou a charada! Ora, só podem ser elas, “azinimiga”! E o leitor deve estar pensando “esse texto não me interessa, não é pra mim.” Moço, leia, por favor, e me ajude a divulgar a ideia, sim?

Espere aí! Você deve estar pensando que vou dedicar este texto inteirinho para cutucar alguma pseudo-inimiga. Calma! Na verdade, quero te convidar a refletir um pouco comigo sobre a tal da rivalidade feminina. Você, amiga, com certeza, já deve ter atribuído essas características horríveis citadas no parágrafo acima a alguma mulher e, muito provavelmente, alguma mulher deve ter atribuído as mesmas características a você, a mim, enfim é ilógico e, muitas vezes, sem motivo.

Já dizia a famosa “pensadora contemporânea”, Valeska Poposuda, na obra Beijinho no Ombro: “Desejo a todas inimigas vida longa e blá blá blá. Será? Elas ganham música e infinitas e criativas indiretas nas redes sociais. Quem nunca…? Está lá uma mulher bonita, elegante, desejada, educada, inteligente e outras coisas mais. Mas nós logo tratamos de arrumar pra ela um defeitinho, nem que seja na unha do dedo do pé esquerdo. E um detalhe: são elas que morrem de inveja de nós, né meninas? A verdade é que nos sentimos incomodadas e atacamos, tentando fazer com que nós mesmas acreditemos em nossa imaginação: elas são as exibidas e recalcadas. Nós somos as invejadas!

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Mas você já parou pra pensar o porquê de nós mulheres termos essa mania besta de ver inimigas em tudo que é lado? De nos incomodarmos tanto com a presença e as qualidades de outra mulher que não sejam do nosso grupo de amizade? Infelizmente a falsidade, a mentira, a inveja e o ódio são caraterísticas humanas e não intrínsecas a apenas um gênero. É questão de caráter e não de sexo. Então , “bora” parar de implicância, mulherada!

Pesquisando sobre o tema, descobri que já existe uma forte corrente feminista para abrir a nossa mente e nos fazer ver que nós, mulheres, não somos invejosas, recalcadas, interesseiras e outras coisas mais, como sempre nos fizeram acreditar. A rivalidade feminina é algo enraizado em nossa cultura. Já percebeu como nós mesmas nos boicotamos? Criticamos o corpo, a voz e o comportamento da outra. Criticamos a forma como outra mulher dirige e dizemos que preferimos mil vezes ter um chefe homem a ter uma chefe mulher. Em que isso pode ajudar? No fortalecimento do preconceito e da violência física e psicológica que sofremos todos os dias numa sociedade predominantemente machista. Você certamente já ouviu da boca de outra mulher: “Mereceu ser estuprada… com aquela roupinha curta”. Para tudo, gente!

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Temos ouvido falar muito nos últimos tempos sobre o tal “empoderamento feminino”. Irmã, se já somos fortes, competentes e guerreiras em todos os campos da vida, mesmo com essa rivalidade toda, imagina se nos unirmos??? Já pensou nas conquistas sociais que poderíamos galgar se parássemos de nos considerarmos oponentes? Por que você acha que fomos criadas para acreditarmos que somos rivais? Tcharaaaam!

Acredito que haverá, sim, pessoas com as quais não concordemos ou das quais não gostemos e com quem não queiramos conviver por algum motivo. Isso é normal. O que não pode é a implicância e a rivalidade injustificada. Mulheres são irmãs e não inimigas.

Então que tal se virarmos o jogo e colocarmos a sororidade (irmandade entre mulheres) em prática? Vamos dar as mãos? Vamos acabar com a implicância e o preconceito contra nós mesmas? Já pensou nas diversas situações de risco e dificuldade pelas quais passamos e que outras mulheres estão passando também? Com certeza deve ter uma mulher enfrentando um momento no qual possamos ser úteis. Troca de experiências, respeito, carinho e solidariedade cabem bem entre homens e mulheres em qualquer lugar! Inclusive, é o que mais está faltando no mundo. Pode ter certeza de que juntas somos muito mais fortes!

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Obs: Lendo a respeito do assunto para escrever esse texto, descobri o movimento “Vamos Juntas” idealizado pela jornalista Babi Souza. Gente, é muito legal! O movimento já tem mais de 400 mil curtidas no Facebook, já rendeu um livro e tem conquistado cada vez mais “adeptas” em todo o país. A ideia é alertar para a importância de se colocar a sororidade em prática. Se você quer saber mais a respeito do movimento “Vamos Juntas”, acesse www.movimentovamosjuntas.com.br ou no Facebook https://www.facebook.com/movimentovamosjuntas/. Ah! Quero saber sua opinião sobre este artigo e receber a sua sugestão de um assunto para conversamos aqui na próxima semana. Beijos, irmãs!

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Redação